domingo, 23 de março de 2008

A ética e a concorrência desleal

Falar de ética concorrencial no varejo, é como jogar conversa fora...

É impressionante como as empresas de varejo usam métodos pouco ortodoxos, para enfrentar a concorrência.

Recentemente, um representante comercial me confidenciou que, um dos gigantes do varejo nacional, estava atrasando seus títulos de maneira proposital e quase criminosa; a tal empresa de varejo ao ser cobrada, pede para que seja feita uma correspondência e encaminhada diretamente para o setor de contas à pagar.
Depois de vários dias do envio da correspondência solicitada, a resposta da empresa era que o título em referência, não fora localizado e após comprovado o recebimento da mercadoria com documentação apresentadada pelo próprio fornecedor, a tal empresa de varejo, "gigante", pede para que o valor do título não pago, seja acrescido ao valor de produtos comprados(supostamente) em pedidos, para recebimentos futuros...

"Calote", esta é a palavra!

Ao ser dado o calote, a empresa neste caso específico, consegue apresentar um resultado contábil ilusório, com a finalidade de ludibriar seus acionistas, apresentando resultados fictícios às custas de seus fornecedores.

Observe, estamos falando de um gigante do varejo nacional e não de camelôs que tanto prejudicam o varejo nos locais onde atuam.

Falar de ética é fácil, dificíl é conviver ou até mesmo sobreviver com a falta dela.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Metas como ferramenta de gestão!

“ Mire em nada e você acertará! ” – Anônimo.

Esta frase fez, e ainda faz parte de um número bastante significativo de empresas de varejo.

Nos últimos 22 anos (período em que atuo junto ao varejo), foram inúmeros os casos de empresas que não tinham a mínima noção de onde estavam seguindo e o porquê de continuar a seguir.
Compravam porque vendiam ou porque esperavam vender. Mas nunca se perguntaram: “quanto?”
O quanto desejavam vender?
O quanto tinham de capacidade para vender?
O quanto precisariam comprar para realizarem a venda?
O quanto tinham que ter de estoques?
O quanto queriam lucrar?

Pois bem, várias dessas empresas fecharam as suas portas por incompetência dos seus gestores. As que sobreviveram, de certa forma, tiveram que aprender a lidar com ferramentas de gestão jamais pensadas por seus próprios gestores.

Uma “ferramenta de gestão” que fez, e faz muita diferença, é a “política de metas”. Traçar metas, significa apontar uma direção, focar o alvo que se pretende atingir.
No varejo, ao traçar as metas de venda, são criados vários subsídios para se traçar uma série de outras metas, que somadas, viram um verdadeiro “balanced scorecard”, pois é possível medir o desempenho destas metas e suas conseqüências.

Nos últimos quatro anos, tenho desenvolvido um plano de metas audacioso na empresa em que trabalho. O desenvolvimento deste trabalho tem impulsionado um crescimento profissional muito intenso nas equipes.
Pratica-se meta, persegue-se a meta, remunera-se por meta, respira-se meta!
Tornou-se um hábito estressante, porém valioso na busca e realização dos resultados. Tal e qual ouvi de um consultor há um tempo atrás: “ Em uma empresa o que não pode ser medido com números, não é importante! ”, óbvio que este é o extremo da análise, mas tem fundamento.

Meta tem a ver com objetivo, e o objetivo de todas as empresas de varejo é o lucro.

Varejo sem metas é loteria!

Boa sorte!