domingo, 29 de março de 2009

Rede de lojas Ponto Frio volta a se colocar à venda!

GUILHERME BARROS
Colunista da Folha de S.Paulo

A Ponto Frio informou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a intenção de venda da rede de lojas. Lily Safra, viúva do bilionário banqueiro Edmond Safra e acionista majoritária da rede, já tentou negociar as lojas há cerca de dois anos.
A iniciativa foi retomada, agora, diante das dificuldades de sucessão do negócio. O banco Goldman Sachs foi contratado para efetuar a venda.
No comunicado ao mercado, a Globex Utilidades (companhia que opera a marca Ponto Frio) informou que, "segundo informação dos acionistas controladores, até a presente data não foi recebida qualquer proposta firme e vinculante para a aquisição do controle".
Em dezembro de 2007, a Ponto Frio também anunciou plano de venda, mas desistiu com o preço das ações em queda. Pouco antes, a empresa efetuou uma reestruturação organizacional, para reduzir diretorias e 250 funcionários da administração. A medida, segundo a empresa, teve por objetivo simplificar e acelerar os processos decisórios e a gestão da rede.
O objetivo, conforme orientação do Goldman Sachs, é fazer a venda do controle da empresa e não uma OPA (oferta pública de ações) --mesma recomendação feita pela instituição financeira na tentativa anterior de venda da rede de varejo.
Na ocasião, o dólar transitava na casa dos R$ 1,80 e a ação da empresa era avaliada em R$ 20. Agora, a divisa norte-americana está cotada em torno de R$ 2,30, e a ação do Ponto Frio, em R$ 5.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Serasa: atividade do comércio cresceu 3,9% em fevereiro

Serasa: atividade do comércio cresceu 3,9% em fevereiro
CAROLINA RUHMAN - Agencia Estado

SÃO PAULO - A atividade do comércio varejista no País cresceu 3,9% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, mostra levantamento da Serasa Experian. O resultado aponta desaceleração ante o desempenho do comércio em janeiro, quando o indicador registrou alta de 5,1% em base anual, e em dezembro, quando o indicador avançou 7,5%, também em base anual.É a primeira vez que a Serasa Experian divulga o indicador de atividade do comércio, elaborado a partir das consultas do setor à base de dados da empresa, que se estende até janeiro de 2000 para o segmento.O comércio varejista, segundo a Serasa, teve expansão de 4,5% no primeiro bimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2008. A alta foi puxada pelo crescimento de 8,6% da atividade nas lojas de eletroeletrônicos, móveis e informática; seguido por combustíveis e lubrificantes, com aumento de 6,1%; veículos e motos e peças, com avanço de 5,9%; e hipermercados, supermercados e o varejo de alimentos e bebidas, que tiveram expansão de 2,6%. Já as lojas de material de construção tiveram uma queda 8,8% no período, enquanto vestuários e calçados recuaram 2,8%.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sob Pressão.

Não existe mais em nenhum lugar do mundo um trabalho que não envolva pressão...
São prazos a serem cumpridos, contratos a serem honrados, produtos a serem entregues, preços a serem mantidos...
Por mais tranqüilo que possa parecer um trabalho, ele sempre terá um objetivo, e sempre sofrerá pressão para que esse objetivo seja alcançado...
Na montagem de uma linha de produto, a pressão começa muito antes do produto estar à venda nas prateleiras e só termina quando o consumidor se dá por satisfeito ao adquiri-lo, o que só ocorre muito depois que ele sai da loja e o produto já está sendo usado!
Qualidade, preço, moda, estilo, tendências, cores, modelagens, prazos, são apenas alguns dos atributos envolvidos no desenvolvimento de um produto...
Além de tudo isso, ainda existe a gestão do resultado...metas de venda, lucratividade, proporções de estoque, giro, tempo de cobertura, mark ups e mark downs, itens de catalogo e etc, são pontos de muita pressão sobre as equipes de produto!
Aliado ou contrário a tudo isso ainda existe o mercado...
Nestes momentos onde a crise está presente, a pressão torna-se ainda quase que insuportável!
Portanto temos que valorizar o trabalho das equipes de produto, que seguem firmes, dando notoriedade as marcas!
Para eles a criatividade é fundamental, mas a gestão também é fundamental...
Para eles a principal hierarquia é a hierarquia das idéias que driblam as crises e aliviam as pressões, pois diferenciam as marcas e as tornam únicas e exemplares naquilo que fazem.

terça-feira, 10 de março de 2009

Até onde vai o poder da moda?

Muito já se falou a respeito da ditadura da moda, da sua influência no comportamento das consumidoras.

As coleções primavera/verão, outono/inverno, são coisas do passado, agora vale o fast fashion.

Pois bem, as empresas de moda estão cada vez mais estressadas, buscando uma rapidez de interpretações e antecipações que até mesmo as consumidoras mais bem informadas tem dificuldades em entender...

As liquidações de verão ja estavam presentes em janeiro, algumas empresas ja liquidavam em dezembro. Em fevereiro muitas ja estavam com as coleções de inverno em suas vitrines.

Pergunto: Onde ficou o alto verão?

Pergunto: Quem compra inverno em fevereiro?

Pergunto: Com recordes de altas temperaturas não seria inteligente oferecer produtos de alto verão?

Pergunto: As empresas de moda estão querendo driblar as estações do ano?

Vivaldi, se vivesse nos dias atuais e por algum motivo tentasse entender o universo da moda não se atreveria a compor as "Quatro estações", talvez ele as resumisse em pequenos sonetos, talvez a chamasse de "The Fast Seasons"!

A verdade é que estamos, em busca de uma velocidade que não respeita e não se alinha com a natureza e o resultado é produto certo na hora errada!

Pergunto: Até onde vai o poder da moda?