segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

É Janeiro!

Pois bem, janeiro é janeiro... mas as pessoas esquecem!

A pressão é impressionante por parte de todos. Onde estão as clientes?!

Todos em liqüidação e as margens se deteriorando... mas é janeiro!

Quem administra bem, acaba sofrendo consequências de quem administra mal.

As grandes liqüidações estão aí, empurrando o resultado para baixo.
As empresas que fazem bem a terefa de casa e administram bem os seus estoques, não teriam o porquê de abrir mão de margem, já que os estoques estão em equilíbrio.

Porém, os concorrentes que não administram tão bem, forçam os preços para baixo, pois precisam se livrar dos estoques, obrigando assim os competentes administradores a irem para briga de preço e abrirem mão do tão precioso lucro.

Pelo que vejo, os tão falados "Fast Fashion's", não estão tão "fast" assim...

As suas liqüidações comprovam!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Profissionalização da Moda!

03/01/2008 - 09h41
Herchcovitch vende suas grifes para nova holding
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ALCINO LEITE NETOEditor de Moda, da Folha de S.Paulo


O estilista Alexandre Herchcovitch, um dos principais nomes da moda brasileira, vendeu as suas duas marcas, Herchcovitch; Alexandre e Herchcovitch Jeans à holding IM, Identidade Moda, da qual participa o grupo financeiro HLDC Investimentos, o mesmo que comprou em julho último a Zoomp e a Zapping.
Além das marcas de Herchcovitch, a IM Identidade Moda também passa a controlar a Zoomp e a Zapping.
A holding anunciou ainda a aquisição da marca Fause Haten, da grife Cúmplice e de parte dos negócios das lojas Clube Chocolate.
As aquisições indicam, já no início de 2008, que este será um ano crucial e muito quente para os negócios da moda brasileira. Em dezembro, a Ellus passou a ser controlada por uma holding formada pelo banco UBS, que também promete divulgar em breve a compra de novas grifes --cogita-se que serão Isabela Capeto e Vide Bula. Esta holding deverá fazer um desfile coletivo na São Paulo Fashion Week, em janeiro.
A corrida para a compra de marcas prestigiosas em geral geridas como negócios familiares- repete no meio da moda brasileira o processo de acumulação capitalista que ocorreu na Europa, a partir dos anos 90.
Na época, sucessivas aquisições deram origem a poderosos conglomerados europeus de moda, lojas e produtos de luxo, como LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton dono de Louis Vuitton, Givenchy e Kenzo, entre outras e PPR (Pinault-Printemps-Redoute) proprietário de Gucci, Balenciaga, Yves Saint Laurent e outras.
Herchcovitch, 36, continuará como diretor de criação das duas grifes que vendeu. Ele vai acumular este cargo com dois outros, para os quais havia sido contratado em julho passado: o de diretor de criação da Zoomp e de curador criativo de todas as grifes que formarão o portfólio da nova holding.
"Vendi minhas marcas porque o grupo vai fazer uma injeção de capital que eu levaria anos para realizar. Com isso, as marcas vão tomar um novo rumo, e tudo que eu sonhei poderá se realizar a partir de agora", diz Herchcovitch.
Loja em Nova York
Ele conta que, entre os novos projetos, está a abertura de uma loja em Nova York, nos mesmos moldes da que a marca Herchcovitch; Alexandre possui em Tóquio. Também deverão ser abertas uma nova loja do estilista nos Jardins, em substituição à atual, na rua Haddock Lobo, e outra em um shopping paulista.
Além disso, os desfiles de Herchcovitch em Nova York deverão receber mais recursos já na próxima temporada, que começa em fevereiro.
"Poderei contratar melhores modelos", diz. Como exemplo do impacto dos novos investimentos nas grifes, ele conta que sua próxima coleção, que deveria ter 250 itens, vai chegar às lojas com 700.
Para o estilista que não revela o valor pelo qual vendeu as suas marcas, a aquisição de grifes por grandes grupos é um processo benéfico à moda brasileira. "Ele traz profissionalização, competitividade e, principalmente, gestão, que é uma coisa complicada para uma empresa pequena, familiar, sem diretores por trás para pensar o que é melhor para ela", declara.
Segundo o empresário Paulo Borges, criador e diretor da São Paulo Fashion Week, essas aquisições são "importantíssimas". "Na Europa, nos anos 90, elas permitiram um salto imenso para os negócios da moda, profissionalizando bastante as marcas", diz.
Na opinião de Borges, o processo está ocorrendo agora no Brasil porque, além do crescimento econômico do país, "o mercado nacional de moda chegou à maturidade".